sexta-feira, 9 de julho de 2010

Gordura abdominal prejudica a saúde das mulheres

 
 
 A gordura abdominal deixa a mulher contrariada por causar transtornos estéticos, mas o efeito na saúde vai além disso. A gordura acumulada causa muitos problemas à saúde.

Uma pesquisa feita pela Universidade Católica de Brasília (UCB) mostra que os quilos a mais na região central do corpo são capazes de, até mesmo, apagar lembranças. O estudo, realizado com 301 mulheres do Distrito Federal, comprovou a relação entre a gordura acumulada no abdômen e os prejuízos para a memória de evocação, relacionada a coisas que ocorreram há muito tempo.

As mulheres que participaram do levantamento tinham mais de 50 anos e já haviam passado pela menopausa. Nesse período, o corpo feminino sofre a perda de estrogênio – hormônio que, no cérebro, funciona como um sensor para o controle da quantidade de energia necessária ao organismo.

As participantes da pesquisa responderam a um questionário com informações sobre escolaridade, reposição hormonal, condições de saúde e hábitos de vida. Também fizeram um miniexame de estado mental, teste clínico que verifica as funções cognitivas da pessoa. O exame apura como anda a linguagem, a orientação geral, a orientação espacial, a orientação temporal, a atenção, o raciocínio lógico, a memória imediata e a memória de evocação.

Foram coletados dados antropométricos das 301 mulheres. A partir disso, a pesquisadora chegou ao índice de conicidade de cada uma, valor referente à quantidade de gordura acumulada na região visceral. Os resultados mostraram que mulheres com menor conicidade (gordura mais distribuída pelo corpo) tiveram melhor desempenho no teste que avaliou o estado da memória de evocação.

Há duas hipóteses que podem explicar por que a barriguinha foi tão determinante. Uma delas é que a gordura central é fator de risco para arteriosclerose, que é o entupimento total ou parcial de veias e artérias. Se isso ocorre no cérebro, a falta de oxigênio pode fazer com que o tecido cerebral "morra" e a pessoa começa a se distanciar da realidade, em um quadro de demência isquêmica.

Outra hipótese é que a gordura visceral provoca resistência insulínica. A insulina é o que faz com que a glicose (a gasolina do corpo) seja incorporada às células. Só que o tecido adiposo central é mais resistente a esse processo. Assim, uma pessoa obesa precisaria de mais insulina para que a glicose chegasse às células.

Por isso as mulheres precisam cuidar da alimentação e fazer exercícios para se manter no peso certo, os reflexos vão além da vaidade, é uma questão de saúde.

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