segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dor no Calcanhar - Conheça a Fasciite plantar



Cerca de 10% da população mundial apresenta a fasciite plantar.

Quem nunca ouviu a expressão “calcanhar de Aquiles”? O que pouca gente sabe é que ela remete ao herói Aquiles que, segundo a mitologia grega, era um homem muito forte, exceto por um ponto fraco: o calcanhar.
Lendas à parte, o certo é que o calcanhar é um ponto muito vulnerável mesmo. Tanto que ele pode ser o local de várias doenças. A mais frequente, sem dúvida nenhuma, é a fasciite plantar. Uma inflamação na camada de tecido mole localizada na região inferior do osso calcâneo e que atinge cerca 10% da população em pelo menos um momento da vida, garantem as pesquisas médicas.

“Essa é a causa mais comum de dor nos pés em adultos. Provavelmente acontece por uma fissura degenerativa mecânica por pressão direta no local durante a marcha ao longo da vida, ou seja, na origem da fáscia, região do calcanhar inferior e medial. É mais comum em pessoas com excesso de peso, atletas, mulheres e em quem tem a pisada pronada (aquela que toca o solo com a parte externa do calcanhar e rola o pé excessivamente para dentro). Existem inúmeras pesquisas demonstrando também haver um encurtamento do tendão da panturrilha como causa da dor”, explica o ortopedista, Vicente Carlos F. Macedo.

Segundo o médico - que atende, em média, dois casos por dia no consultório - a aparição dos sintomas é lenta e não está relacionada a quedas ou torções. O principal sintoma da fasciite plantar é a dor no calcanhar ao andar e ao ficar em pé. Normalmente ocorre ao se levantar e apoiar completamente o pé no chão, pois na posição de descanso, a fáscia está relaxada, porém, ao dar os primeiros passos, ela é alongada. “Para um diagnóstico, o médico perguntará se a parte de baixo do pé ou do calcanhar está sensível e se existe dor ao alongar a sola do pé. Para a confirmação é necessário um exame de raio-X “, afirma Vicente.

O médico garante que a melhor maneira de evitar a dor é usando calçados de boa qualidade e no tamanho apropriado. Essas dicas são ainda mais importantes durante o exercício ou longas caminhadas sobre superfícies duras. Além disso, “o alongamento do tendão calcâneo sempre garante uma boa qualidade de vida e evita recidiva da dor no dia-a-dia”, complementa.

Dicas para tratar o problema:

• Faça compressas de gelo por oito minutos.
• O médico poderá prescrever medicamentos antiinflamatórios para diminuir a dor e a inflamação.
• O uso tênis e palmilhas pode melhorar o amortecimento do pé.

O médico poderá encaminhar o paciente para a fisioterapia, com o objetivo de alongar a fáscia plantar e fortalecer a musculatura da parte inferior da perna, que estabiliza o tornozelo e o calcanhar.

Quando o calcanhar estiver dolorido, o paciente deve descansar o máximo que puder.

Lesões nas mãos afetam principalmente mulheres



Atividades repetitivas são principais causas de doenças nos dedos
Travamento, estalidos, nódulos e dor nos dedos das mãos podem ser sintomas de uma doença que tem crescido nos últimos tempos e afeta principalmente as mulheres, em especial após os 35 anos e nos períodos de gestação. Durante a gestação normalmente é transitório, podendo ser de difícil tratamento após os 35 anos. Nesta fase a cirurgia é o tratamento definitivo.

dedo-gatilho 

De nome complicado, a tenosinovite estenosante, também conhecida como ‘dedo em gatilho’, tem sido diagnosticada com frequência nos consultórios médicos.

“A doença envolve os tendões que passam por túneis (polias) dentro dos dedos. Se houver a formação de um nódulo no tendão ou ocorrer um edema na bainha que o envolve, ele então se tornará mais largo, ficando comprimido nesses túneis. Conforme a pessoa mexe os dedos, ela irá sentir um estalo ou escutar um barulho na mão. Nos casos mais graves o dedo pode até travar flexionado”, explica o ortopedista Vicente Carlos Franco Macedo.

Estudo sobre o tema, publicado na Revista Brasileira de Ortopedia, da SBOT, comprova a predominância da doença em mulheres (85%), com idade entre 23 e 83 anos. Sendo que os dedos mais afetados foram o anular (57%) e o médio (42%), principalmente da mãe direita (72%). Todos os pacientes avaliados eram destros.

Todos esses números reforçam os movimentos repetitivos como uma das principais causas da doença. “Esses pacientes tem profissões ligadas ao uso repetitivo de movimentos das mãos, como no caso de digitadores e costureiras”, relaciona o médico, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT.

Neste grupo de maior incidência estão ainda operadores de caixa registradora, trabalhadores de linha de montagem, profissões ligadas ao uso do computador, entre outras que exigem o uso excessivo das articulações dos dedos. “Por estas características, o dedo em gatilho é classificada como lesões por esforços repetitivos (LER) ou as lesões por traumas cumulativos (LTC) e consta na relação de doenças do trabalho”, apresenta.

Segundo o médico, algumas doenças também são consideradas como responsáveis pelo desenvolvimento desse tipo de tenosinovite, como a artrite reumatóide, diabetes, hipotireoidismo e algumas infecções (tuberculose, infecções fúngicas, etc.)

“O tratamento mais indicado para ‘dedo em gatilho’ é a infiltração local com esteróides e o repouso das articulações. Em casos mais graves, pode ser necessário um procedimento cirúrgico que consiste na abertura da bainha daquele dedo”, explica o ortopedista.

Prevenção

A prevenção pode ser feita pela substituição de alguns equipamentos, como uso de grampeador elétrico, carimbos acolchoados, luvas de gel e também exercício de alongamento, musculação e relaxamentos para mãos e dedos. “Alguns minutos de alongamento durante o trabalho ajuda a relaxar os tendões. Este hábito pode prevenir diversos problemas ligados ao esforço repetitivo”, orienta Vicente.

Hemangioma pode ter tratamento barato e simples



Hemangioma, que atinge 5% das crianças brasileiras, pode ter tratamento barato e simples, graças a medicamento utilizado para tratamento de doenças cardíacas.

De acordo com estatísticas mundiais da International Society for the Study of Vascular Anomalies, cerca de 5% das crianças no mundo desenvolvem esse tipo de tumor nos primeiros meses de vida. 60% dos casos ocorrem na área da face e a incidência é de 3 a 5 vezes maior em bebês do sexo feminino. Estudos originados na França apontam que o Propanolol, utilizado para tratamento de doenças cardíacas e no controle da pressão alta, é um aliado eficaz no tratamento da doença.

O que fazer quando o bebezinho, que ainda nem aprendeu a falar ou engatinhar, apresentar uma mancha avermelhada na face que, gradativamente, cresce de forma rápida e muitas vezes preocupante com o passar dos meses? Pais de primeira viagem ou não, as patologias que acometem bebês e crianças sempre causam sofrimento e preocupação.

Os hemangiomas infantis são tumores benígnos formados por células endoteliais, ou seja, células que formam os vasos sanguíneos. Crescem rapidamente e apresentam regressão espontânea, que nem sempre é completa. Muitos hemangiomas podem causar problemas devido ao tamanho e a localização e devem ser tratados.

Se não tratados rapidamente e de forma correta, os hemangiomas no rosto podem causar desfiguração e interferir no desenvolvimento visual ou causar obstrução das vias aéreas, podendo até evoluir para uma necrose por insuficiência vascular. Durante o crescimento dos tumores, pode ocorrer ulceração, sangramento ou infecção local, causar muita dor e desconforto.

Esses tumores possuem um comportamento bem diferente das manchas planas avermelhadas dos recém-nascidos na área da testa, entre as sobrancelhas ou (na) nuca, popularmente conhecidas como “Bicada da Cegonha” ou “beijo de anjo”, que sempre desaparecem rapidamente durante os primeiros meses e não aumentam de tamanho.

O cirurgião plástico Dov Charles Goldenberg, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e responsável pelo atendimento destas crianças no setor de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas em São Paulo, com mais de 10 anos de experiência na área, escreveu diversos artigos sobre a patologia. Em 2009, em um dos congressos que participou nos Estados Unidos, Goldenberg acompanhou um estudo em que foi descoberto um novo aliado no tratamento medicamentoso de hemangiomas, o Propanolol, um beta bloqueador, classicamente utilizado para tratar pessoas com doenças cardíacas, como a hipertensão arterial.
Ao utilizarem o Propranolol em crianças para tratar o aumento de pressão arterial causado por um dos medicamentos utilizados no tratamento clínico dos hemangiomas, foi observada uma redução drástica dos tumores.

Um dos poucos cirurgiões no País a tratar esse tumor em crianças, o especialista explica: “O tratamento dos hemangiomas exige um amplo conhecimento no assunto, principalmente para que se evitem tratamentos inadequados ou ineficazes decorrentes de um diagnóstico incorreto. As cirurgias ligadas à cura ou melhorias dos hemangiomas devem ser realizadas por profissionais especialistas na área”, complementa.

Como tratar?

Os hemangiomas podem se apresentar de diversas formas e tamanhos e possuem três fases de desenvolvimento. A fase inicial de crescimento proliferativa, seguida de uma fase de regressão espontânea (involutiva) e a terceira fase de equilíbrio final (involuída).

Vale ressaltar que uma vez estabilizada, (hemangioma involuído), não implica obrigatoriamente em retorno à normalidade, uma vez que no local da lesão podem restar sequelas, como tumor residual, atrofia cutânea, áreas cicatriciais, alopecia (redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em determinada área de pele) e irregularidades de contorno.

A fase proliferativa pode atingir a criança nos primeiros 12 meses de vida e alcança, na maior parte dos casos, suas dimensões máximas ao redor de 9 a 12 meses, podendo estender até os 2 anos de idade.
Goldenberg explica que os medicamentos mais comumente receitados são o corticoide (prednisona) e o alfa-interferon, que nem sempre alcançam resultados plenamente satisfatórios. No caso do corticóide, pode haver o desenvolvimento da hipertensão arterial.

“O mecanismo específico de ação desses medicamentos não é totalmente esclarecido, podendo ocorrer respostas efetivas ou apenas uma redução na taxa de crescimento da lesão. Ambos possuem efeitos colaterais como aparência cushingóide (face arredondada), a já citada hipertensão arterial, transtorno gastrointestinais, diminuição da velocidade de crescimento, ganho de peso e neutropenia (a quantidade normalmente baixa de neutrófilos no sangue), anemia, alterações hepáticas e febre”, diz o especialista. Felizmente, grande parte destes efeitos adversos é reversível com a suspensão da medicação.

Diversos fatores estão implicados no aparecimento dos hemangiomas, como a ação hormonal, alterações nas células tronco precursoras de células endoteliais e fatores angiogênicos (estimuladores da proliferação dos vasos).

Diferente das malformações vasculares, que persistem até a idade adulta e não regridem, os hemangiomas são tumores vasculares benignos, decorrentes de distúrbios no processo da formação de estruturas vasculares de acordo com a classificação dada pela “International Society for the Study of Vascular Anomalies” (ISSVA), entidade internacional responsável por definir as diretrizes no tratamento das anomalias vasculares.

Há como prevenir?

Segundo o especialista, infelizmente não há exames laboratoriais que possam denunciar uma possível patologia nas crianças, mas os pais devem ficar atentos a pequenas lesões na pele, mesmo que pareçam insignificantes, e possíveis manchas que surgirem logo após o nascimento. “Felizmente a grande maioria dos hemangiomas não causam maiores problemas, mas devido à alta incidência na população e risco de desenvolvimento de problemas durante o crescimento dos (tumores), os casos devem ser prontamente diagnosticados e adequadamente conduzidos,” afirma Goldenberg.

A patologia atinge o psicológico da criança e dos pais

A grande maioria dos hemangiomas tem evolução para regressão completa sem intercorrência e a melhor conduta é a expectante, caracterizada por acompanhamento medico especializado e rigoroso, documentação fotográfica seriada e apoio psicológico ao paciente e seus pais.

Em alguns casos, a evolução favorável não ocorre e aí entra o trabalho do cirurgião plástico para reduzir o volume da lesão, tratar a dor, sangramento ou infecção, restabelecer a integridade funcional e estética do paciente.

A participação de um psicólogo para orientar a família também é de grande importância. A criança sofre por não entender o que acontece, sente desconforto e medo. Os pais sentem-se culpados, injustamente, possuem pouca informação sobre a evolução da doença, e assistem seus filhos passarem por grandes dificuldades muito cedo e pela discriminação de pessoas que não sabem lidar com a aparência muitas vezes chocante.

“O comprometimento estético e a dificuldade de convívio social na presença de lesões muito visíveis e estigmatizantes muitas vezes justifica a indicação de tratamento cirúrgico”, explica o especialista. Como a doença passou um bom tempo sem ser adequadamente classificada e com um protocolo de tratamento padronizado, muitos pais não sabiam para onde correr. Hoje em dia, é possível observar na internet diversas mães que criaram blogs para trocar informações entre si e até mesmo desabafar preconceitos vividos.

Cirurgia estética ou reparadora?

Os procedimentos cirúrgicos indicados têm o objetivo primordial de tratar o comprometimento funcional, e estabilizar as funções em casos emergenciais. Nos casos de indicação relativa, o tratamento cirúrgico é mais indicado para lesões em áreas em crescimento com potencial desfigurante, como o nariz, lábios e orelhas. Nestes casos, o crescimento do hemangioma pode causar distorção definitiva das estruturas em crescimento e a remoção deste “efeito de massa” pode ser importante para o desenvolvimento da estrutura em crescimento.

Lesões pedunculadas e facilmente removíveis também são de indicação cirúrgica pela característica definitiva do tratamento, assim como as lesões involuídas. O tratamento cirúrgico se faz necessário para o tratamento das deformidades residuais definitivas, que somente serão reparadas com este tipo de abordagem.

Anorexia nervosa: a incansável busca pela perda de peso



A imposição da mídia a cerca de um corpo magro e esbelto tem feito a cabeça de muitos adolescentes. Esta imposição influencia muitos jovens a desejar este estereótipo de beleza. Nos últimos anos foi crescente o número de adolescentes vítimas de transtornos alimentares, buscando atingir este “padrão de beleza” imposto pela mídia. Dentre os transtornos mais comuns, podemos citar a anorexia nervosa e a bulimia.

Vamos falar neste artigo sobre a anorexia nervosa, um transtorno alimentar caracterizado pela recusa de alimentos associado a prática exagerada de atividade física. Esta prática objetiva a excessiva perda de peso, podendo até levar a morte. A pessoa que possui anorexia nervosa normalmente não assume ter anorexia, por não enxergar a sua magreza, enxergando-se muito mais gorda do que realmente é, e apresentando ainda um medo intenso de ganhar peso, por isso procura não consumir muitos alimentos, pular refeições, comer apenas o que eles consideram como “saudável”.

Anoréticos costumam também não fazer refeições na frente de familiares ou amigos e até pular estas refeições, tudo isso com o incansável objetivo de perder peso o mais rápido possível, afinal para os anoréticos o padrão de beleza é a magreza excessiva e não um corpo saudável. Com isso eles apresentam uma preocupação excessiva com o valor calórico dos alimentos, sempre procurando consumir aqueles com menos calorias. Diante do baixo consumo de alimentos e da restrição calórica que apresentam, algumas complicações são geradas devido a falta de nutrientes no organismo, como a perda de massa óssea e massa muscular, queda de cabelos e fraqueza nas unhas, interrupção do fluxo menstrual, desidratação, alteração da pressão arterial e do funcionamento cardíaco, sensação de “fraqueza” e queda do sistema imunológico.

Muitas pessoas não percebem a presença de um anorético no grupo de convívio, pois alguns atos são vistos como “vaidade”, mascarando a doença e proporcionando um diagnóstico tardio e assim um comprometimento do tratamento. Este deve ser multiprofissional, com o acompanhamento de um nutricionista, psiquiatra, e outras especialidades médicas, como endocrinologistas e cardiologistas.

Botox é utilizado por médicos ortopedistas



Medicamento ajuda pacientes com sequelas de AVC

Apesar de conhecido pelo uso estético, o Botox® vem sendo um excelente instrumento de trabalho para os médicos ortopedistas. A toxina botulínica tipo A, com a aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é utilizada como medicamento para várias doenças, especialmente a espasticidade (rigidez muscular excessiva que compromete a mobilidade de pacientes vítimas de AVC, traumatismo craniano, esclerose múltipla, lesão medular, crianças com paralisia cerebral).

O médico ortopedista Vicente Carlos Franco Macedo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia utiliza o Botox® desde 1999 com excelentes resultados. “A toxina botulímica permite que, depois de aplicada no músculo espástico, ocorra um maior relaxamento e flexibilidade muscular, melhorando assim a amplitude total de movimento daquela articulação próxima ao músculo. Portanto, o paciente ganha mais movimento e melhora sua qualidade de vida pela diminuição das restrições impostas pela espasticidade muscular. A fisioterapia é facilitada muito nestes casos também”, explica.

Desde 2008, a agência nacional de saúde (ANS) orientou os convênios a pagar a toxina botulínica nos casos de AVC e paralisia cerebral. Isso aumentou o uso,pois o medicamento tem um custo elevado.

Aplicada diretamente nos músculos comprometidos, a toxina botulínica promove um relaxamento e bloqueia a atividade motora involuntária, o que reduz a dor, aumenta a amplitude dos movimentos e melhora consideravelmente a qualidade de vida.

Em seu consultório, Dr. Vicente atende muitos casos de AVC e paralisia cerebral espástica. “A indicação da toxina é muito importante para ganhar movimentos perdidos, evitar luxação de quadris e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e consequentemente de seus familiares”, finaliza.

Conheça as várias doenças que podem ser tratadas com BOTOX®, com aprovação da Anvisa:

* Estrabismo
* Blefaroespasmo
* Espasmo hemifacial
* Distonias
* Espasticidade
* Hiperhidrose palmar e axilar

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Como eliminar o odor das axilas



A chave quanto àquilo de que você gosta muitas vezes está em seu nariz. Porque seus sentidos estão conectados, um aroma atraente pode fazer algo bom – como um prato saboroso ou uma vista agradável - se tornar ainda mais atraente. Além disso, cada pessoa tem seu cheiro pessoal.


Pesquisadores constataram que o cheiro é muitas vezes crucial para os atrativos da pessoa, porque o odor pessoal – ou seja, a impressão química pessoal - pode servir como forma sutil de atrair atenções [fonte: Svoboda]. Mas esse processo também funciona em sentido oposto quando existem cheiros de outro tipo. Você sabe quais – os aromas desagradáveis que de vez em quando flutuam pelo espaço apertado que você divide com outras pessoas.


Ocasionalmente, o odor corporal pode surgir mesmo que a pessoa tome todas as precauções de higiene pessoal, e isso poderia sinalizar um problema maior: uma condição conhecida como bromidrose. Os médicos utilizam esse termo para definir o odor corporal excessivo, superior aos limites usuais. A bromidrose é mais comum em homens do que em mulheres. Ainda que os motivos específicos não sejam claros, os médicos teorizam que o motivo para isso possa ser o fato de que os homens são mais ativos do que as mulheres em uma espécie específica de glândula sudorípara localizada nas axilas, a glândula apócrina [fonte: New Zealand Dermatological Society].

Mas até mesmo o odor corporal excessivo causado pela bromidrose pode ser domado se as providências corretas forem tomadas.


Causas de odor axilar extremo

Você talvez esteja pensando que já conhece a causa do odor axilar excessivo: o suor. Mas a verdade é que o suor em si não tem cheiro. A transpiração é composta primordialmente de sal e água. O odor axilar não é causado pelo suor, mas por bactérias atraídas pelos lugares onde o corpo mais sua, como os pés, coxas ou axilas [fonte: Clark].

Para compreender as causas do odor axilar, é preciso primeiro compreender como o corpo sua. O corpo contém dois tipos de glândulas sudoríparas. As glândulas écrinas se abrem diretamente para a superfície da pele. Por exemplo, quando as palmas das mãos suam, essa transpiração provém de glândulas écrinas. As glândulas apócrinas se abrem para os folículos dos pêlos, secretando um suor mais denso que em geral se conecta ao odor axilar [fonte: Clark]. Porque as áreas do corpo que contêm glândulas apócrinas também costumam ser lugares quentes e confinados, a umidade pode fazer com que se tornem uma estufa para a criação das bactérias que causam odor corporal.

A bromidrose, ou odor corporal extremo, em geral está vinculada ao suor apócrino e sua decomposição bacteriana. No entanto, ocasionalmente o suor écrino também pode resultar em odores desagradáveis, como nos casos em que ele amolece a queratina, uma proteína na superfície da pele, ou quando a pessoa tenha consumido determinados alimentos.

Ocasionalmente, a bromidrose pode ser causada por questões de saúde como a obesidade ou o diabetes, porque elas estão associadas a outras condições que encorajam o crescimento de bactérias. Uma dessas condições, por exemplo, é a hiper-hidrose, que consiste de suor excessivo das glândulas écrinas. O ambiente úmido criado pela hiper-hidrose propicia condições ideais para um crescimento excessivo de bactérias [fonte: Rehumus].

Se você aprecia alho, cebolas ou certas pimentas, pode estar agravando o seu odor corporal.

Odor axilar e dieta

Se realmente procede aquele ditado de que você é aquilo que você come, será que isso significa que você tem o cheiro daquilo que come? Alguns estudos dizem que sim.

Comer certos alimentos, tais como alho, cebola, peixe, curry, pimentas e outras iguarias condimentadas, e até mesmo consumir álcool, pode tornar mais sério o odor axilar. Pesquisas também demonstraram que comer carne vermelha pode agravar o odor axilar, enquanto uma dieta sem ela poderia melhorar o odor [fonte: WebMD - em inglês].

Também existem alimentos que os pesquisadores acreditam possam ajudar a eliminar o odor axilar. Beber muita água e comer frutas, legumes e cereais integrais ajuda a melhorar a saúde em geral e as funções metabólicas, o que leva o corpo a funcionar com mais eficiência. Isso pode ajudar a reduzir o nível de estresse corporal, o que pode reduzir o volume de suor e ajudar a evitar a criação de um ambiente que atraia bactérias causadoras de odores.

Além disso, alguns praticantes de medicina alternativa dizem que adicionar diversos alimentos ricos em vitaminas e ervas à dieta pode ajudar a reduzir o odor axilar. Por exemplo, comer alimentos ricos em clorofila, como o repolho crespo e o espinafre é algumas vezes recomendado como forma de ajudar a neutralizar outros alimentos que causam odor corporal. Alguns nutricionistas também recomendam uma dieta desintoxicante, que inclua alimentos ricos em vitaminas e ervas, além de chás verdes e de ervas, sucos de legumes e azeite de oliva [fonte: Gottlieb - em inglês].

Além de mudar a dieta, você também pode ir diretamente à fonte do problema e tratar o odor axilar onde ele surge.

Tratamentos para odor axilar

Se mudar a dieta não eliminar o odor axilar, pode ser necessário tomar providências adicionais para acabar com aquele cheiro.
Comece com a prática de uma boa higiene a fim de reduzir as bactérias axilares:
• tome banhos diários com sabonete ou uma loção de limpeza; produtos antibacterianos não são melhores que sabonete comum;
• sempre tome uma ducha depois de se exercitar;
• depile as axilas de modo a que as bactérias tenham menos lugares onde se esconder.

Também vale a pena prestar atenção ao seu guarda-roupas cotidiano. Opte por roupas feitas de fibras naturais e se exercite usando roupas que suguem a umidade do corpo para manter a pele seca, o que ajuda a conter o crescimento das bactérias. Lembre-se de manter as roupas limpas, e sempre evite reutilizá-las entre as lavagens, especialmente aquelas que você utiliza para se exercitar.

Outra opção de tratamento caseiro que pode ser tentada é praticar técnicas de relaxamento, como a ioga ou meditação. Isso pode reduzir o nível de estresse, para que você sue menos e ofereça menos espaço para que prosperem as bactérias causadoras de odores [fonte: Mayo Clinic - em inglês].

Se essas medidas não oferecerem alívio, consulte um médico, que pode prescrever um antitranspirante com cloreto de alumínio [fonte: Mayo Clinic - em inglês]. Esses produtos trabalham formando um bloqueio de gel nos poros, o que reduz a transpiração excessiva que pode causar mau cheiro; o produto sai no banho [fonte: International Hyperhidrosis Society - em inglês]. Injeções da toxina botulinum tipo A, ou Botox, podem oferecer prevenção mais duradoura contra o suor excessivo [fonte: Clark - em inglês].

Por fim, existem tratamentos cirúrgicos para o odor axilar, igualmente. Um procedimento cirúrgico que não requer internação, conhecido como curetagem por lipoaspiração, remove as glândulas sudoríparas por meio da sucção de tecido subcutâneo, através de pequenos cortes na pele [fonte: Rehumus - em inglês]. As opções de cirurgia mais radical envolvem cortar ou remover o tecido subcutâneo por meio de procedimentos que podem ou não remover a pele adjacente. Esses métodos requerem recuperação mais longa e podem apresentar maior risco, mas os resultados duram mais que os da lipoaspiração. Em geral, eles são usados apenas como um último recurso.

por Elizabeth Forester - traduzido por HowStuffWorks Brasil

A quantidade certa de exercício



Todos os tipos de exercícios, incluindo os aeróbicos, alongamento e treinamento de resistência, são bons para o seu coração. De maneira geral, eles ajudam a manter o seu peso e aumentam sua aptidão para esportes, o que melhora a sua saúde como um todo. Mas o melhor tipo de exercício para o coração são as atividades aeróbicas.

Exercício aeróbico, aquele onde há aumento da frequência cardíaca tem três grandes benefícios: primeiro, exercita diretamente o músculo do seu coração. Assim como qualquer outro músculo, o coração fica mais forte quando trabalha mais. Em segundo lugar, o aumento da freqüência cardíaca faz com que o coração bombeie mais sangue para o corpo, promovendo boa circulação e levando mais oxigênio para todas as células, incluindo as do coração. E finalmente, os exercícios aeróbicos são aqueles que queimam mais calorias, e estudos já comprovaram uma correlação direta entre o número de calorias queimadas e a melhora da saúde do coração.

Então, quanto é suficiente? E quanto é demais?

Pesquisadores têm estudado todos os tipos, níveis e variedade de exercícios, de baixo esforço (como caminhada, jardinagem ou golfe) a exercícios de alto esforço (corrida ou natação). A questão é, qualquer nível de exercício durante qualquer quantidade de tempo faz bem ao coração, desde que o seu médico diga que você está apto a fazê-lo. É importante não exagerar – forçar demais determinado músculo ou seu coração não trará benefícios à sua saúde (se você tiver dor no peito ou ficar tonto, e especialmente se você observar que inchou alguma parte de seu corpo, pare imediatamente e chame um médico). 

E ao mesmo tempo em que há uma gama enorme de programas de exercícios que fazem bem ao coração, há determinadas orientações para que você possa extrair o máximo de benefícios.

Vinte minutos de exercício aeróbico, três ou quatro vezes por semana, de esforço moderado, lhe trará benefícios significativos [fonte: MedicineNet]. Esforço moderado é quando a sua respiração e taxa de pulsação aumentam, mas você ainda assim consegue falar confortavelmente – você não está sem fôlego. Correr e pular corda são bons exemplos. No outro lado, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomenda 30 minutos por dia, com apenas dois dias livres na semana – ou cerca de 150 minutos por semana.
 
Para aqueles que não amam se exercitar mas estão a procura de melhorar a saúde do coração, a quantidade ideal é provavelmente algo entre: 30 minutos por dia, pelo menos três vezes por semana. Com 90 minutos por semana – e aqui não importa se você faz 30 minutos de uma única vez ou duas sessões de 15 minutos em um dia -  você ajuda o seu coração a ficar mais forte, provê mais oxigênio para suas células, diminui a pressão arterial e aumenta o seu colesterol bom. É um montante razoável de atividade, e desta maneira é fácil para as pessoas manterem - o que é a chave para uma boa saúde.